Transformados em pó, os resíduos substituem até 40% do cimento usado no preparo do concreto, que ainda é o material mais comum em construções no mundo inteiro. E mais: reduzem as emissões de gás carbônico geradas pela produção do cimento tradicional. Os fabricantes de cimento são responsáveis por 7% das emissões na atmosfera de CO2, o gás carbônico – um dos gases que provocam o aquecimento global.
“No concreto ecológico, a gente substitui parte do cimento pelo resíduo cerâmico, tijolo moído. Teria tudo pra ser mais barato, sem contar a questão ambiental, que tem um valor agregado também", afirma Romildo Toledo, engenheiro civil da Coppe, da UFRJ.
O resultado dos testes aparece num grupo de casas fabricadas há quatro anos no campus da Universidade, com uma mistura de sobras de tijolo recolhidas numa indústria de cerâmica. O benefício não é visível nas casas-modelo desenvolvidas pelos pesquisadores, mas os testes de laboratório mostram que, a cada quilo do novo material empregado, evitou-se a emissão de um quilo de CO2.
Falta agora chamar a atenção da indústria do cimento para a novidade. O pesquisador da UFRJ disse que já se encontrou com empresários do setor, mas até agora não fechou nada.
0 comentários:
Postar um comentário